Sei que é preciso, Senhor
Sei que é preciso mexer de novo
Sempre será esta mesma porta
A mesma fenda aberta em mim
A entrada da misericórdia
Adorável ferida de amor
Quero estar, então
De joelhos no chão e as mãos estendidas
Suplicando coragem e força
Suplicando tua graça, meu Deus
Escolho tudo, escolho tudo
Que tudo se faça em mim, segundo teu querer
Escolho passar pelas sendas da morte
Escolho passar pelo escuro de novo
Simplesmente, deixa-me estar em ti
domingo, 25 de setembro de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
A graça do simples que leva ao alto
O simples é Deus. O simples é puramente Deus. A simplicidade é uma porta do humano para o divino.
Quanto mais simples somos, mais livres nos tornamos. E quanto mais livres estamos, mais alto podemos ir. Deus é tão simples, tão simples... e, tão alto, tão alto... que temos temos que ser também simples, rendidos, pequenos, fracos, a fim de deixar que Ele nos alcance.
O simples não carrega muitas coisas, é leve para ir alto, tão alto onde permita que Deus o alcance.
O simples é capaz de observar, de se deleitar com os detalhes, de parar, de silenciar para perceber as pequenas coisas da vida. E nessa percepção vai tão alto, tão alto, que permite que Deus o alcance.
O simples não tem muitas vestes uma por cima da outra, casaco, sobretudo, não tem segunda pele. O simples é apenas o que é, não tenta ser diferente, ou dar a parecer que é diferente. Ele é a sua verdade e a mostra sem medo de retaliações. Ele ocupa-se simplesmente de ser aquilo que foi criado pra ser, nem mais, nem menos... se ocupa e não se preocupa. No ser apenas o que é, vai tão alto, que deixa Deus o alcançar.
É porque Deus é tudo, o tudo simples, o tudo amor. E o amor é simples. Deus gosta do que é pequeno. Ele se deleita com os detalhes. É eterno, não precisa se apressar, por isso ama observar nossos pequenos crescimentos e mexer com nossos pequenos detalhes. Deus é o que é e quer que nós sejamos, à semelhança Dele, aquilo que somos. Por isso espera que sejamos simples e que, assim, lhe demos alcance.
Coplas ao Divino
Atrás de amoroso lance,
Que não de esperança falto,
Voei tão alto, tão alto,
Que, à caça, lhe dei alcance.
Para que eu alcance desse
Àquele lance divino,
Voar tanto foi preciso
Que de vista me perdesse;
E, contudo, neste transe
A meio do voo quedei falto;
Mas o amor foi tão alto,
Que lhe dei, à caça, alcance.
Quando mais alto subia
Deslumbrou-se-me a visão,
E a mais forte conquista
Se fazia em escuridão;
Mas por ser de amor o lance,
Dei um cego e escuro salto,
E fui tão alto, tão alto,
Que lhe dei, à caça, alcance.
Quanto mais alto chegava
Deste lance tão subido,
Tanto mais baixo e rendido
E abatido me encontrava;
Disse: Não haverá quem alcance;
E abati-me tanto, tanto,
Que fui tão alto, tão alto,
Que lhe dei, à caça, alcance.
Por uma estranha maneira
Mil voos passei de um só voo,
Porque a esperança do céu
Tanto alcança quanto espera;
Esperei só este lance
E em esperar não fui falto,
Pois fui tão alto, tão alto,
Que, à caça, lhe dei alcance.
(São João da Cruz)
Quanto mais simples somos, mais livres nos tornamos. E quanto mais livres estamos, mais alto podemos ir. Deus é tão simples, tão simples... e, tão alto, tão alto... que temos temos que ser também simples, rendidos, pequenos, fracos, a fim de deixar que Ele nos alcance.
O simples não carrega muitas coisas, é leve para ir alto, tão alto onde permita que Deus o alcance.
O simples é capaz de observar, de se deleitar com os detalhes, de parar, de silenciar para perceber as pequenas coisas da vida. E nessa percepção vai tão alto, tão alto, que permite que Deus o alcance.
O simples não tem muitas vestes uma por cima da outra, casaco, sobretudo, não tem segunda pele. O simples é apenas o que é, não tenta ser diferente, ou dar a parecer que é diferente. Ele é a sua verdade e a mostra sem medo de retaliações. Ele ocupa-se simplesmente de ser aquilo que foi criado pra ser, nem mais, nem menos... se ocupa e não se preocupa. No ser apenas o que é, vai tão alto, que deixa Deus o alcançar.
É porque Deus é tudo, o tudo simples, o tudo amor. E o amor é simples. Deus gosta do que é pequeno. Ele se deleita com os detalhes. É eterno, não precisa se apressar, por isso ama observar nossos pequenos crescimentos e mexer com nossos pequenos detalhes. Deus é o que é e quer que nós sejamos, à semelhança Dele, aquilo que somos. Por isso espera que sejamos simples e que, assim, lhe demos alcance.
Coplas ao Divino
Atrás de amoroso lance,
Que não de esperança falto,
Voei tão alto, tão alto,
Que, à caça, lhe dei alcance.
Para que eu alcance desse
Àquele lance divino,
Voar tanto foi preciso
Que de vista me perdesse;
E, contudo, neste transe
A meio do voo quedei falto;
Mas o amor foi tão alto,
Que lhe dei, à caça, alcance.
Quando mais alto subia
Deslumbrou-se-me a visão,
E a mais forte conquista
Se fazia em escuridão;
Mas por ser de amor o lance,
Dei um cego e escuro salto,
E fui tão alto, tão alto,
Que lhe dei, à caça, alcance.
Quanto mais alto chegava
Deste lance tão subido,
Tanto mais baixo e rendido
E abatido me encontrava;
Disse: Não haverá quem alcance;
E abati-me tanto, tanto,
Que fui tão alto, tão alto,
Que lhe dei, à caça, alcance.
Por uma estranha maneira
Mil voos passei de um só voo,
Porque a esperança do céu
Tanto alcança quanto espera;
Esperei só este lance
E em esperar não fui falto,
Pois fui tão alto, tão alto,
Que, à caça, lhe dei alcance.
(São João da Cruz)
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Punhais de minha alma
Ó punhais,
Punhais de minha alma.
Sereis vós o espinho de minha carne?
Punhais que perfuram e não me deixam sarar.
Punhais que ferem e não me deixam esquecer.
Ó punhais,
Que preferíeis a ferida aberta,
a chaga jamais cicatrizada.
Eis o caminho mais fácil para cumprirdes
Vossa missão: conservar-me a abertura.
Ó punhais,
Como vai o tempo, mais profundo entrais.
Como o tempo, mais fortemente eternizais.
Punhais, instrumentos da graça,
Mas quanta dor causam a minha alma,
Quanta angústia e sofrimento.
Ó punhais,
Que aceleram a escuridão.
Não permitiríeis que minha alma se fechasse,
Que a ferida se curasse?
Não...
Pois é a ferida aberta o receptáculo da misericórdia.
É a chaga não cicatrizada que recebe a bondade.
É a perfuração da alma sua ligação com o amor.
Punhais...
Punhais que ferem e amam minha alma.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Tu és o tudo
És o calor do meu frio
o impulso em minha lentidão
riqueza em minha pobreza
grandeza em minha pequinez
riqueza em minha pobreza
grandeza em minha pequinez
Tu és água em minha sede
luz em minha escuridão (2X)
luz em minha escuridão (2X)
Jesus, Tu és o meu tudo em meu nada, Tu és (2X)
razão do meu viver.
razão do meu viver.
Tu és o sentido em meu caminho
força em minha fraqueza
Tu és a sabedoria em minha insensatez
consolo em minha aflição
força em minha fraqueza
Tu és a sabedoria em minha insensatez
consolo em minha aflição
Tu és água em minha sede
luz em minha escuridão (2X)
luz em minha escuridão (2X)
Jesus, Tu és o meu tudo em meu nada, Tu és (2X)
razão do meu viver
razão do meu viver
tudo em meu nada...
tudo és o tudo em meu nada
tudo em meu nada.
tudo és o tudo em meu nada
tudo em meu nada.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Tratado da Esperança
Período das esperas.
Espera de um bem que se deseja.
É confiança, é demora.
Demora que permite-nos saborear.
Saborear o desenrolar das coisas.
Sentir o prazer e a dor dos acontecimentos.
Perceber os detalhes de cada dia.
Construir cada dia por vez,
cada dia por vez.
Período das esperas.
É deleitar a alma.
Assistindo, sorvendo experiências.
Demora que vai talhando a alma.
Vai degustando, por partes, o todo que é a vida.
Vai gastando o tempo tateando os detalhes de tudo.
Cada dia, cada detalhe, cada parte.
O todo é constituído por partes que nos habilitam a saborear o período das esperas
Espera de um bem que se deseja.
É confiança, é demora.
Demora que permite-nos saborear.
Saborear o desenrolar das coisas.
Sentir o prazer e a dor dos acontecimentos.
Perceber os detalhes de cada dia.
Construir cada dia por vez,
cada dia por vez.
Período das esperas.
É deleitar a alma.
Assistindo, sorvendo experiências.
Demora que vai talhando a alma.
Vai degustando, por partes, o todo que é a vida.
Vai gastando o tempo tateando os detalhes de tudo.
Cada dia, cada detalhe, cada parte.
O todo é constituído por partes que nos habilitam a saborear o período das esperas
sábado, 29 de janeiro de 2011
Precisamos de Santos do Mundo
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças de gangas e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao Ciema,ouvem músicas e passeiam com os Amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em Primeiro lugar, mas que se "lascam" na Faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todos os dias para Rezar e que saibam Namorar na Pureza e na Castidade, ou que consagrem a sua Castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do Século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e com as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no Mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham Medo de Viver no Mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam HotDog, que usem Jeans, que sejam Internautas.
Precisamos de Santos que amem incondicionalmente a Eucaristia e que não tenha vergonha de beber um suco ou comer uma pizza no fim de semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de teatro, cinema, de música, de dança, de desporto...
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, diferentes, loucos por Jesus, amigos, companheiros...
Precisamos de Santos que estejam no Mundo,e saibam saborear as Coisas puras e Boas do Mundo,mas que não sejam Mundanos.
Enfim...Precisamos de Você, topa?
Vamos ser Santos, vamos pelo o menos tentar? Eu quero e você?
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